quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Le Mythe de la Peinture

«Les origines de l’art sont inséparables de la religion et du mythe. La peinture égyptienne ou la statuaire des tombeaux sont nées du culte des dieux, de même que l’activité picturale chez Grecs est inconcevable sans les représentations de la mythologie. Et pourtant, selon les mythographes, la music a connu un destin plus favorable en raison de ses origines divines: Apollon, Orphée, Cadmus chez les Grecs, ou Hermès n’ont cessé de célébré sa naissance: Quand à la poésie, depuis Homero, sa nature divine ne fut guère contestée. Or, en lisant les autres anciennes, on ne constate pas pour la peinture une naissance aussi prestigieuse, une autorité aussi immémoriale. Attentif en priorité aux problèmes techniques et aux faits historiques, Pline accorde, non sans réticence, une provenance égyptienne à l’art de la peinture…»
LICHTENSTEIN, Jacqueline, La Peinture, Paris, Larousse, 1995, p. 19.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aula 2 - Origens da composição pictórica

Neste primeiro momento introdutório, enquadra-se a ideia de Composição no âmbito das noções de comunicação e cultura visual, de objecto ou espaço pictórico, abordando conceitos de Pintura, forma e estrutura numa contextualização histórica e estética que põe em destaque o fenómeno da desmaterialização crescente dos objectos artísticos na contemporaneidade e diferentes facetas do pensamento artístico e pictórico.
DESENVOLVIMENTO:
1. O fazer e o ver. A produção e o espectáculo. A oficina e a galeria. O eu e o outro (o pensamento é um «diálogo interior consigo próprio», Platão).
2. A origem da pintura: Platão, Aristóteles ou Benjamin. Plínio, Cennini, Vinci ou Honnerger.
3. Imitação, construção, multiplicação, exemplificação.
4. Forma e estrutura. Organização e composição.
5. Objecto e espaço pictórico.
6. Três situações e três modos de compor: medieval, barroco e contemporâneo (imagens da Bienal de Veneza). A obra como ícone, como representação e como presença.Enunciado de um trabalho de investigação: um artigo de dicionário para se entregue no dia 24 de Novembro.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aula 1 - Apresentação


Apresentação do programa da disciplina:
1. Definição.
2. Conteúdos.
3. Metodologia.
4. Avaliação. Teste, trabalho, cotações, critérios.
5. Bibliografia total e seleccionada.
6. Processos de comunicação em turma.

domingo, 27 de setembro de 2009

Bibliografia

A bibliografia que se segue é um documento de apoio para consulta e referência. Está organizada segundo os capítulos do programa da disciplina e, nestes, por ordem alfabética, sem separar textos de publicações periódicas.
Podem ainda ser facultadas informações sobre outras obras de consulta incluindo fontes digitais, sob coordenadas fornecidas nas aulas, bem como textos de apoio.
BIBLIOGRAFIA GERAL
AA.VV., Art in Theory 1900-1990 – An Anthology of Changing Ideas, edited by Charles Harrison, and Paul Wood, Blackwell, Oxford and Cambridge, 1995.
AA.VV., Didáctica da Educação Visual, coordenação Rocha de Sousa, Lisboa, Universidade Aberta, 1995.
AA.VV., Theories and Documents of Contemporary Art, edited by Kristine Stiles and Peter Selz, Berkley, Los Angeles, Londres, University of California Press, 1996.
ARDENNE, Paul, Art – L’Art Contemporain – Une Histoire des arts plastique à la fin du XXe siècle, Paris, Editions du Regard, 1997.
ARGAN, Giulio Carlo, Historia da Arte Moderna, Florença, Sansoni, 1986.
ECO, Humberto, Como se faz uma tese em ciências humanas, [1977], Lisboa, Presença, 1988.
FORMAGGIO, Dino, Arte, Lisboa, Presença, 1985.
FOSTER, Hal, Compulsive Beauty, Cambridge, Londres, MIT Press, 1993.
GOMBRICH, Ernest, Arte e Ilusão, São Paulo, Martins Fontes, 1986.
KEPES, Gyorgy, Education of vision, Londres, Studio Vista, 1965.
KRAUSS, Rosalind, The Originality of the Avant-Garde and Other Modernist Miths, [1986], Cambridge, Londres, MIT Press, 1997.
READ, Herbert, História da Pintura Moderna, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1980.
SOUSA, Rocha (coordenador), SABINO, Isabel, FERRÃO, Hugo, Composição e Forma Visual, Lisboa, Universidade Aberta, (no prelo).
ECO, Humberto, Obra Aberta, São Paulo, Perspectiva, 1976.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Critérios de avaliação

1. Demonstração de conhecimentos específicos.
2. Capacidade de aplicação correcta dos conhecimentos noutras situações.
3. Domínio da terminologia.
4. Espírito metódico, analítico e de síntese.
5. Rigor na investigação e na inovação.
6. Qualidade da comunicação escrita.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Avaliação

A avaliação é feita com base num trabalho de investigação e um teste.

Trabalho de investigação:
Artigo de dicionário com um máximo de 400 palavras.
Este artigo é apresentado numa página A4, e em formato Word.
Será marcada uma apresentação do texto à turma através de um Power-point com a duração de 5 minutos em data a calendarizar em tempo de aulas.

Teste:
Em data a marcar pela Faculdade. Abarca toda a matéria leccionada até ao fim do semestre.

Cotações:
Entrada: 40%
Teste: 60%

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Metodologia

As aulas são de carácter expositivo e teórico, com recurso frequente a imagens.
Podem ser apresentados vídeos sobre a metodologias da produção artística ou marcadas visitas de estudo no horário habitual das aulas ou mediante outro a combinar.
Para uma mais rápida circulação da informação respeitante a cada uma das aulas (sumário, bibliografia direccionada e documentação) será utilizado este blogue.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Conteúdos

Composição I constitui a primeira fase dos estudos acima apresentados e incide sobre a teoria básica da Composição, partindo dos seus conceitos fundamentais:

I – Ideia de Composição

Neste primeiro momento introdutório, enquadra-se a ideia de Composição no âmbito das noções de comunicação e cultura visual, de objecto ou espaço pictórico, abordando conceitos de Pintura, forma e estrutura numa contextualização histórica e estética que põe em destaque o fenómeno da desmaterialização crescente dos objectos artísticos na contemporaneidade e diferentes facetas do pensamento artístico e pictórico.

II – Teoria básica da composição – temas essenciais

A abordagem da composição e a sua teoria básica privilegiará uma perspectiva de desenvolvimento da análise e interpretação do pensamento legível a partir da própria visualidade da Pintura, focando como pretextos os temas mais tradicionais da teoria da composição pictórica, segundo os seguintes tópicos e conteúdos programáticos:
1. Materialidade e imaterialidade. Gestos, matéria, técnicas e suportes.
2. A superfície. Limites e formatos. A geometria do plano, do formato aos traçados ordenadores. Alberti e as harmonias musicais. Pacioli, a regra de ouro e as séries de Fibonacci. Composições dinâmicas. Simetria, proporção e equilibro na superfície.
3. A cor. Materialidade, história e simbólica. Luz e claro-escuro. Harmonia. A cor e o desenho.
4. O espaço. Da superfície ao espaço. Perspectivas, geometrias e conceitos de espaço. Continuidade e descontinuidade. Movimento. Tempo. Ritmo, repetição e diferença.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

COMPOSIÇÃO I - 2009-2010

A disciplina de Composição I constitui a primeira parte da componente teórica mais específica da licenciatura de Pintura e mais íntima da concepção e desenvolvimento do projecto pictórico. O seu território de conhecimento é definido pelos próprios limites ontológicos da Pintura, como configuração possível e reiterada da criação artística actual; por essa razão, Composição tem em conta a tradição da Pintura, na sua forma de aparição mais essencial e, simultaneamente, considera a abertura e qualidades transversais que caracterizam a arte contemporânea, muito marcada pela inter-contaminação de meios, procedimentos e discursos. A própria designação ancestral da disciplina remete para a acção, acção essa que não se esgota na aquisição de um conjunto de processos ou modos que a História revela, aliás, cada vez menos prioritários, mas que pode traduzir-se, muito sucintamente, no carácter indissociável do binómio fazer pensar; aí reside a possibilidade da Composição como teoria inerente ao projecto, privilegiando em primeiro lugar o ponto de vista do artista e promovendo uma reflexão analítica, de síntese e cruzamento de conhecimentos sobre o fenómeno pictórico para o seu aprofundamento e contextualização contemporânea.
Cumprindo, como já se disse, uma vocação complementar ao desenvolvimento da actividade projectual pictórica, os domínios fundamentais desta disciplina integram acções visando a compreensão da estrutura física e conceptual da obra pictórica, a inventariação de dados específicos da Composição na Pintura Portuguesa e na Contemporaneidade, passando pelas múltiplas leituras da Pintura, e dos seus processos de composição ao longo da História, com particular atenção à produção teórica dos pintores. Trata-se, em resumo, de estudos na área da teoria da Pintura que poderão, posteriormente, desenvolver outras instâncias de investigação artística.